quinta-feira, 4 de junho de 2015

Alimentação do escolar



ALIMENTAÇÃO DO ESCOLAR

É considerado escolar a criança entre 6 e 12 anos de idade. O estado nutritivo do escolar depende da maneira como tenha sido alimentado nas fases que antecederam a presente etapa de sua vida. O período escolar é chamado de momento de latência do crescimento; o crescimento é lento, porém estável, paralelo a um aumento constante na ingestão alimentar. Desacelera-se a taxa de crescimento, e as mudanças físicas ocorrem gradativamente, mas, estão sendo armazenados recursos para o crescimento rápido logo adiante, na adolescência.
             Os hábitos alimentares das crianças desenvolvem-se junto com outros aspectos de seu crescimento. As crianças dos cinco aos sete aos preferem alimentos comuns, como carnes, batatas, vegetais cruz, leite e frutas. Embora em sua maioria os alimentos cozidos, misturas de todos os tipos, carnes gordurosas e caldos de carnes não sejam preferidos, o espaguete com molho de carne , a pizza e o macarrão com queijo são bastante apreciados. Em torno dos seis ou sete anos, elas desejam experimentar novos alimentos e aceitam alguns anteriormente rejeitados. Aos oitos anos há um apetite voraz com poucas recusas, mas preferências marcantes. O alimento pode ser avaliado pelo odor ou cor, o que é servido de modo atraente causando boa impressão. Aos nove anos, em geral, a criança apresenta um grande interesse pelo alimento, gosta de ajudar a prepará-lo e é positiva em seus gostos. Neste período, as atitudes familiares em relação aos alimentos são imitadas, mas, cada vez mais, atividades externas rivalizam com os momentos das refeições familiares, surgindo conflitos familiares, porque a criança em idade escolar expõe-se cada vez mais a influências nos hábitos alimentares e a televisão passa a ser uma poderosa fonte de seleção alimentar. Por outro lado, há oportunidades positivas de aprendizagem na sala de aula, especialmente quando os pais oferecem apoio e reforço em casa, e a educação nutricional está integrada em outras atividades.
            Os melhores métodos para desenvolver bons hábitos alimentares nas crianças é  fazer  com  que  toda a família coma conscientemente. Se a mãe e o pai sabendo que podem esperar de seus filhos variações na aceitação dos alimentos, mantiverem um padrão alimentar razoável, a hora das refeições pode e deve constituir uma das horas agradáveis do dia para toda a família.
O café da manhã é especialmente importante para a criança em idade escolar. Ele rompe com o jejum das horas de sono e prepara a criança para a solução de problemas e os período de concentração da memória nas horas de aprendizagem na escola e o escolar está na idade de adquirir consciência alimentar de aprender a alimentar-se, conhecendo o valor dos alimentos e os fatos que a eles se relacionam: seu cultivo, sua composição química, a maneira como são preparados, seu valor econômico.
          O ensino de nutrição básica deve integrar-se em outras matérias, sempre com o pretexto de influir nos hábitos alimentares e a formação de bons hábitos é obtida com a prática da boa nutrição, porém as tentativas de ensinar às crianças conceitos e informação sobre nutrição devem levar em conta seu nível de desenvolvimento.
            Na escola é importante enfatizar a hora do recreio. A função da esc8ola é educar, inclusive durante o recreio. As cantinas devem oferecer alimentos saudáveis, que é muito raro. A criança acaba comendo salgadinhos industrializados, frituras e tomando refrigerantes. Antigamente, a criança levava pão com queijo, café com leite ou suco em sua merendeira. Hoje, a alimentação é mais calórica. Então, um meio eficiente de ensinar boa alimentação é o de servir boa alimentação ao escolar, fazê-lo participar no plantio de hortas, em criação de pequenos animais e em aprender rudimentos de culinária.
               O aparelho digestivo do escolar já adquiriu capacidade digestiva comparável ao do adulto podendo, assim, consumir preparações que integram uma alimentação normal. Queremos significar com alimentação normal aquela que obedece os preceitos básicos da técnica dietética, isto é, em que o desejo de tornar  os alimentos apetecíveis coincida com formas de preparação que os tornem aproveitáveis pelo organismo, sem prejudicar seu valor inicial.
              A criança que aprendeu a bem alimentar-se é feliz, pois teve sob orientação  pessoas que demonstraram possuir bons hábitos alimentares. O oposto ocorre quando adultos mal educados, cheios de boas teorias, querem impingir à criança aquilo que eles não praticam, formando resistências intransponíveis à aceitação de certos alimentos.

            O papel da escola primária para muitas crianças é para introduzir a alimentação em grupo. Isso pode ser difícil para as escolas que não participam da merenda escolar, pois, as cantinas escolares não fornecem uma atmosfera adequada para que a criança, de uma média de seis anos de idade, coma e aprecie a sua refeição. A alimentação em grupo, por si só, pode ser bastante estimulante para que uma criança experimente um alimento desconhecido ou beba seu leite, porque os outros o fazem.