ALIMENTAÇÃO
DO ESCOLAR
É
considerado escolar a criança entre 6 e 12 anos de idade. O estado nutritivo do
escolar depende da maneira como tenha sido alimentado nas fases que antecederam
a presente etapa de sua vida. O período escolar é chamado de momento de
latência do crescimento; o crescimento é lento, porém estável, paralelo a um
aumento constante na ingestão alimentar. Desacelera-se a taxa de crescimento, e
as mudanças físicas ocorrem gradativamente, mas, estão sendo armazenados
recursos para o crescimento rápido logo adiante, na adolescência.
Os hábitos alimentares das crianças
desenvolvem-se junto com outros aspectos de seu crescimento. As crianças dos
cinco aos sete aos preferem alimentos comuns, como carnes, batatas, vegetais
cruz, leite e frutas. Embora em sua maioria os alimentos cozidos, misturas de
todos os tipos, carnes gordurosas e caldos de carnes não sejam preferidos, o
espaguete com molho de carne , a pizza e o macarrão com queijo são bastante
apreciados. Em torno dos seis ou sete anos, elas desejam experimentar novos
alimentos e aceitam alguns anteriormente rejeitados. Aos oitos anos há um
apetite voraz com poucas recusas, mas preferências marcantes. O alimento pode
ser avaliado pelo odor ou cor, o que é servido de modo atraente causando boa
impressão. Aos nove anos, em geral, a criança apresenta um grande interesse
pelo alimento, gosta de ajudar a prepará-lo e é positiva em seus gostos. Neste
período, as atitudes familiares em relação aos alimentos são imitadas, mas,
cada vez mais, atividades externas rivalizam com os momentos das refeições
familiares, surgindo conflitos familiares, porque a criança em idade escolar
expõe-se cada vez mais a influências nos hábitos alimentares e a televisão
passa a ser uma poderosa fonte de seleção alimentar. Por outro lado, há
oportunidades positivas de aprendizagem na sala de aula, especialmente quando
os pais oferecem apoio e reforço em casa, e a educação nutricional está
integrada em outras atividades.
Os
melhores métodos para desenvolver bons hábitos alimentares nas crianças é fazer
com que toda a família coma conscientemente. Se a mãe
e o pai sabendo que podem esperar de seus filhos variações na aceitação dos
alimentos, mantiverem um padrão alimentar razoável, a hora das refeições pode e
deve constituir uma das horas agradáveis do dia para toda a família.
O
café da manhã é especialmente importante para a criança em idade escolar. Ele
rompe com o jejum das horas de sono e prepara a criança para a solução de
problemas e os período de concentração da memória nas horas de aprendizagem na
escola e o escolar está na idade de adquirir consciência alimentar de aprender
a alimentar-se, conhecendo o valor dos alimentos e os fatos que a eles se
relacionam: seu cultivo, sua composição química, a maneira como são preparados,
seu valor econômico.
O ensino de nutrição básica deve
integrar-se em outras matérias, sempre com o pretexto de influir nos hábitos
alimentares e a formação de bons hábitos é obtida com a prática da boa
nutrição, porém as tentativas de ensinar às crianças conceitos e informação
sobre nutrição devem levar em conta seu nível de desenvolvimento.
Na escola é importante enfatizar a
hora do recreio. A função da esc8ola é educar, inclusive durante o recreio. As
cantinas devem oferecer alimentos saudáveis, que é muito raro. A criança acaba
comendo salgadinhos industrializados, frituras e tomando refrigerantes.
Antigamente, a criança levava pão com queijo, café com leite ou suco em sua
merendeira. Hoje, a alimentação é mais calórica. Então, um meio eficiente de
ensinar boa alimentação é o de servir boa alimentação ao escolar, fazê-lo
participar no plantio de hortas, em criação de pequenos animais e em aprender
rudimentos de culinária.
O aparelho digestivo do escolar já adquiriu
capacidade digestiva comparável ao do adulto podendo, assim, consumir
preparações que integram uma alimentação normal. Queremos significar com
alimentação normal aquela que obedece os preceitos básicos da técnica
dietética, isto é, em que o desejo de tornar os alimentos apetecíveis coincida com formas
de preparação que os tornem aproveitáveis pelo organismo, sem prejudicar seu
valor inicial.
A criança que aprendeu a bem alimentar-se é feliz, pois teve sob
orientação pessoas que demonstraram
possuir bons hábitos alimentares. O oposto ocorre quando adultos mal educados,
cheios de boas teorias, querem impingir à criança aquilo que eles não praticam,
formando resistências intransponíveis à aceitação de certos alimentos.
O
papel da escola primária para muitas crianças é para introduzir a alimentação em grupo. Isso pode ser
difícil para as escolas que não participam da merenda escolar, pois, as
cantinas escolares não fornecem uma atmosfera adequada para que a criança, de
uma média de seis anos de idade, coma e aprecie a sua refeição. A alimentação
em grupo, por si só, pode ser bastante estimulante para que uma criança
experimente um alimento desconhecido ou beba seu leite, porque os outros o
fazem.