domingo, 22 de março de 2015

Por que a obesidade tornou-se uma epidemia mundial?



    Por que a obesidade tornou-se uma epidemia mundial? Qual o impacto do estilo de vida? 

            Porque a obesidade passou a ser considerada a mais importante desordem nutricional nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, e o aumento de sua incidência está distribuído em quase toda a população mundial, em ambos os sexos. Ela é uma doença complexa, que apresenta graves dimensões sociais e psicológicas, e que afeta praticamente todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos; a globalização não só trouxe benefícios, trouxe também, os fast-foods, comida barata, de pouca qualidade nutricional e repleta de gorduras. As pessoas estão deixando de realizar atos simples, como subir escadas, jogar bola, andar de bicicleta, levando a mudanças do estilo de vida. O Brasil não foge à regra e esses dados são preocupantes, uma vez que há uma intrínseca associação entre excesso de peso e morbimortalidade por doenças metabólicas, cardiovasculares (DCV), hipertensão, doenças coronarianas e diabetes, e isto é resultado de uma incompatibilidade entre os padrões dietéticos modernos e o tipo de dieta que nossa espécie desenvolveu na pré-história.

            A obesidade pode ser definida como o acúmulo de tecido gorduroso localizado ou generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não a distúrbios genéticos ou endócrino-metabólicos. A definição de obesidade mais utilizada é a baseada no Índice de Massa Corporal (IMC = Peso/Altura²), que retrata o excesso de peso, porém sem definir exatamente o conteúdo corporal de gordura ou de massa magra. Dessa forma, é de extrema importância a avaliação rigorosa da anamnese e das medidas antropométricas, como altura, peso, IMC, além da circunferência da cintura e quadril; uma das grande preocupações é a adiposidade localizada na região central do corpo, especificamente no abdome, e  está associada a um maior risco cariometabólico. Enquanto a Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina; a OMS preconiza como ponto de partida a avaliação d resistência à insulina ou do distúrbio do metabolismo da glicose, o que dificulta a sua utilização, como ponte de corte para a medida da circunferência abdominal, 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres.